terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Augusto Cezar – Banda DOM

Reflexões De Um Músico Na Semana Santa


          Pode um músico ter algo há dizer sobre a paixão de cristo? Posso ter algo a partilhar com vocês sobre a experiência fundamental da nossa fé: o sofrimento, morte e ressurreição do Filho de Deus? Não sou teólogo ou filósofo. Sequer professor de religião.    
           Sou apenas um professor de violão, um músico cheio de tantas limitações. Mas meu coração me move mesmo assim. Não posso resistir. Tento, confesso envergonhado, mas não consigo lhe resistir. A morte e ressurreição de Cristo é a razão da minha fé e a minha fé é a razão da minha arte.   
           Não posso me aproximar de Cristo através de conceitos. Simples frases decoradas e formuladas não me ajudam nessa tarefa. Sou chamado a estar e permanecer ao seu lado, como os discípulos no Getsêmani: orando, vendo chorar gotas de sangue aquele que calou os ventos acalmando as tempestades. Aquele que ressuscitou mortos, curou doentes e multiplicou pães e peixes. Está aqui, tão perto de mim que quase ouço sua respiração ofegante e a voz vacilante pedindo que se passe este cálice sem que ele o beba. É fardo demais. É grande demais o peso que carrega.   
           Irrequieto, ele ajoelha e se levanta várias vezes e busca a companhia dos que o seguem. Mas ninguém o seguirá nesta noite mais escura. Ninguém poderá. Nem eu. Eu, que não pude repetir sempre em minha a vida sua afirmação: Seja Feita A Sua Vontade! Neguei-lhe muitas vezes, meu Deus, o direito de dispor de mim, da minha vida. Escravizei-me no pecado, perdi minha liberdade querendo vive-la a qualquer custo. Pequei e esse pecado eu não tenho forças para carregar. Ofendi alguém muito maior do que eu e esse preço não tenho condição de pagar. Es tá acima das minhas possibilidades. Das minhas condições. Da minha condição humana.     
          Quem carrega este peso é Ele: Jesus. Que agora desfila ao meu lado ensinando-me que devemos suportar o sofrimento e termos esperança. Deus não se cala. O véu se rompe de alto a baixo e nada poderá nos afastar do Amor de Deus. E o Amor de Deus fala. Comunica vida. Rola grandes pedras que nos sepultam em tristezas tão profundas que nos negam a felicidade. Deus é felicidade! A busca por Deus é a busca da própria felicidade! “Onde está meu Senhor?” – também em mim vibra essa pergunta. Onde o puseram? Não vejo mais sinais da sua morte. Da sua dor. As vestes est&a tilde;o ao chão.   
          Sinto-me abraçado. Posso tocá-lo. Posso tocar a razão da minha existência. Posso tocar Aquele que dá razão e sentido a tudo e a todos em minha vida. Porque Ele é a própria Vida.     
          E a minha vida é um canto de Louvor: Cristo ressuscitou!     

Augusto Cezar – DOM  

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Administre sua "casa" ou ela ...

"Você pode ter vários inimigos na sociedade, mas saiba que seus piores e mais vorazes inimigos podem ser as idéias e imagens mentais produzidas clandestinamente em sua mente e não administradas pelo seu "Eu".
"O risco do sucesso é enterrar nossos sonhos e se tornar uma máquina de trabalhar."
(Augusto Cury)

sábado, 2 de abril de 2011

Clarice Lispector

"Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida." (Clarice Lispector)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mosaico: comentário ao evangelho do dia

mosaico: Comentário ao evangelho do dia: "5ª-feira da 2ª Semana Quaresma 1ª Leitura - Jr 17,5-10Isto diz o Senhor: 'Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na c..."

sexta-feira, 18 de março de 2011

Trecho de entrevista com Chiarelli

Crítico de arte, historiador e atual diretor do MAC-USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Chiarelli é considerado um dos mais atuantes curadores de arte brasileira contemporânea.

" P:Que papel cultural exerce o museu de arte na sociedade de hoje?
R: Penso que um museu de arte contemporânea pode ter um papel mais ativo do que aquele de simples armazém de obras e/ou de balcão para exposições que chegam de qualquer lugar, sem conexão profunda com o acervo já existente e com a política própria do museu. Penso que o museu tem que ser um espaço não apenas de recepção e discussão da arte, mas também, no limite, um espaço de produção artística.
(...)
P: Não acha que a figura do curador também exerce um papel fundamental nessa conquista?
R: A figura do curador dentro do museu é fundamental para a sua política. Todo museu deve ter sua equipe de curadores, responsáveis por segmentos específicos da coleção. Repare que não me refiro a curadores independentes, mas a curadores de acervo. Será a equipe de curadores quem estabelecerá a política global da instituição e, principalmente, seus contatos com a sociedade."

quinta-feira, 17 de março de 2011

Entrevista com Bernardo Paz

"A arte contemporânea é a própria inteligência, interatividade, beleza, uma série de ações que trazem as pessoas para o mundo atual. O fato é que o primeiro passo para a educação é a dignidade. " (Bernardo Paz)


Transcrevo um trecho da entrevista de João Paulo, do Estado de Minas com Bernardo Paz(idealizador de Inhotim).

"De que forma você avalia a presença da arte contemporânea na busca de abertura de um olhar do homem sobre seu tempo e seus desafios?

Acho que a arte contemporânea é a organização não governamental mais poderosa do mundo. Através dela as pessoas se sentem curiosas, e a curiosidade invoca a busca, e a busca envolve a educação e o estudo. E o primeiro passo para a educação é a dignidade. Em contato com a arte e com cultura as pessoas se sentem estimuladas e orgulhosas. Despertar a curiosidade de uma pessoa é despertar também o desejo dela de ir além, de fazer melhor e ser melhor. A arte contemporânea é desorganizada, e isso faz com que os artistas se encontrem e se complementem, uns abordando questões ecológicas em suas obras, outros sobre a questão humana, questões sociais e também sobre religião. Em cada trabalho de arte você enxerga um resumo. Esses exemplos são necessários para despertar as pessoas e ultrapassam qualquer possibilidade que uma ONG tem de atingi-las. "

domingo, 13 de março de 2011

Política e arte

“A relação entre política e arte é mais que engajamento, propaganda ou comentário sobre um acontecimento. Reunimos obras que escapolem dos clichês, abrindo espaço para a criação artística ser vista como conhecimento específico, quase em estado bruto e inicial. Isso permite elaborar sentimentos e pensamentos complexos, questões ainda nem formuladas com clareza”
Moacir dos Anjos, curador da 29ª Bienal de São Paulo

A espera

“A espera passa pela constatação de que estamos sozinhos, por mais que a gente se relacione com várias pessoas. Ao mesmo tempo, não sobrevivemos sem a presença do outro. Essa conexão solitária é que dá o sentido de unidade” Roberta Manata - bailarina da Companhia Suspensa